Mídia brasileira esconde o triunfo nas ruas contra reforma da previdência de Macri

No momento que o governo de Michel Temer (PMDB) buscava de todas as formas conseguir votos parlamentares para passar a reforma da previdência no Brasil, o governo Argentino de Mauricio Macri foi derrotado pela luta dos trabalhadores na sua tentativa de acabar com a aposentadoria dos argentinos.
Com algumas notas rápidas citando os atos e o adiamento da votação, a grande mídia buscou apagar o fato que a luta ativa dos trabalhadores, sindicatos combativos e da esquerda revolucionária argentina que derrotou o governo. Os jornais G1 e Folha de São Paulo falaram de "protestos violentos", usando a retórica da violência para tentar tornar o ato antipopular. Ignorando a violência estatal da polícia e da reforma que vai fazer as pessoas não se aposentarem e os aposentados passarem fome.
Já o El Pais Brasil falou em "incidentes graves", quase uma piada como se o ato, previamente organizado e preparado, que fez o presidente Macri recuar, fosse apenas um "incidente". Já o jornal Estado de São Paulo simplesmente ignorou o fato e não noticiou nada, pautado na ignorância ou no medo da notícia incentivar os trabalhadores no Brasil.
Macri já havia sido derrotado há alguns meses atras na sua tentativa de passar a reforma trabalhista no país. Nesse caso também ocorreu por conta da organização e luta operária: a reforma trabalhista foi barrada por conta da luta dos trabalhadores da fábrica PepsiCo contra 600 demissões na empresa. Essa luta em uma fábrica multinacional ganhou repercussão nacional gerando amplo apoio popular, e sendo o fator fundamental para impedir que em meio a luta o governo conseguisse impor um ataque a toda a classe trabalhadora.
Nos dois casos a ação decidida da esquerda revolucionária, com destaque a atuação do PTS (Partido dos Trabalhadores Socialistas), foi determinante. Usando do peso parlamentar, de campanhas nacionais e ações originais e decididas, como atos, cortes de ruas, festivais etc, para vencer a luta sem dar trégua ao governo.