DecadĂȘncia programada

Leandro Fortes, no Facebook

Marcelo Adnet, esse incrĂ­vel talento do humor brasileiro, começa a pagar a mesma fatura que CazĂ© e Serginho Groismann, entre outros, foram obrigados a pagar para viver essa suposta plenitude profissional que Ă© trabalhar na TV Globo. 

Cazé, assim como Adnet, foi tirado da MTV com a promessa de ser o mensageiro de um admiråvel mundo novo do humor nacional. Acabou, primeiro, na geladeira. Depois, no ostracismo, até ser finalmente escanteado da programação global.

Groismann foi tirado do SBT e colocado na madrugada da Globo, onde ainda faz um programa bacaninha, mas contaminado pelo globocentrismo que o obriga - a ele, a FĂĄtima Bernardes, a Ana Maria Braga e queijandos - a gravitar em torno das mesmas personagens de novela, reality shows e artistas da Som Livre. 

Agora Ă© a vez de Marcelo Adnet passar pelo mesmo processo de pausterização que transformou a turma do Casseta & Planeta de grupo revolucionĂĄrio do humor, nos anos 1980, num bando de palhaços da tristeza a ruminar parĂłdias insossas das novelas da TV Globo. 

"O dentista mascarado" nĂŁo Ă© sĂł uma porcaria sem graça e predestinada ao fracasso. É o tĂșmulo do humor para o qual Adnet caminhou sozinho, ciente de que ouvia o canto da sereia, o mesmo caminho que levou a mulher, Dani Calabreza, para a tumba do CQC.

Uma mistura, digamos assim, de José Serra com Gilmar Mendes - apenas para ficar no universo de horror estético-ideológico imaginado pelos geniais roteiristas do programa.

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