Por Patativa do Assaré
Tendo por berço
o lago cristalino,
folga o peixe
a nadar todo inocente.
Medo ou receio
do porvir não sente,
pois vive incauto
do fatal destino.
Se na ponta de
um fio longo e fino
a isca avista,
ferra-a inconsciente,
Ficando o pobre
peixe de repente,
preso ao anzol
do pescador ladino.
O camponês também
do nosso Estado,
ante a campanha eleitoral:
Coitado.
Daquele peixe tem
a mesma sorte.
Antes do pleito:
festa, riso e gosto.
Depois do pleito:
imposto e mais imposto…
Pobre matuto do
Sertão do Norte.
Tendo por berço
o lago cristalino,
folga o peixe
a nadar todo inocente.
Medo ou receio
do porvir não sente,
pois vive incauto
do fatal destino.
Se na ponta de
um fio longo e fino
a isca avista,
ferra-a inconsciente,
Ficando o pobre
peixe de repente,
preso ao anzol
do pescador ladino.
O camponês também
do nosso Estado,
ante a campanha eleitoral:
Coitado.
Daquele peixe tem
a mesma sorte.
Antes do pleito:
festa, riso e gosto.
Depois do pleito:
imposto e mais imposto…
Pobre matuto do
Sertão do Norte.
Patativa do Assaré
(1909-2002) – Poeta, repentista e compositor cearense nascido em Assaré,
sob o nome Antônio Gonçalves da Silva, que tem sua obra estudada até em
instituições acadêmicas no Brasil e exterior.
Nota do Blog: Em poucas e sábias palavras o mestre da poesia deixa uma lição: é preciso escolher bem em quem vai votar,as consequencias desse voto,virão depois do pleito eleitoral,sejam boas ou não, vai depender da escolha do eleito(a).
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