Quando Lula tentou mudar as regras da poupança em 2009, tributando
cadernetas com depósitos acima de 50 000 reais, a oposição organizou um
levante no Congresso. DEM, PSDB e PPS criaram uma frente parlamentar e
acusaram o governo de ter “quebrado a confiança” que os brasileiros
depositaram no investimento e anunciaram que recorreriam ao STF, se
fosse preciso, para barrar o projeto de lei com as mudanças — e Lula, na
época, recuou.
O que aconteceu com a oposição, que agora segue silenciosa diante das medidas anunciadas por Dilma Rousseff?
Além do evidente enfraquecimento dos oposicionistas, que já não falam
grosso como antigamente, um graúdo dirigente tucano admite que ficou
complicado bater em uma proposta do governo que tem como pano de fundo a
redução dos juros e o cerco ao lucro dos bancos.
O PSDB, por exemplo, colocou especialistas para analisar os impactos
das mudanças apresentadas por Dilma e só planeja exibir um discurso
partidário sobre o assunto nesta semana. Diz o mesmo integrante da
cúpula tucana:
- Se essas medidas forem para valer, nós vamos ter que repensar melhor o nosso discurso.
Por Lauro Jardim
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