Juiz anula 13 questões em todo o País; MEC recorre na quinta

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  Presidente do Inep, Malvina Tuttman, veio a Fortaleza acompanhar o caso (FOTO: IGOR DE MELO) 
 
Presidente do Inep, Malvina Tuttman, veio a Fortaleza acompanhar o caso (FOTO: IGOR DE MELO)

Estão anuladas 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para todos os candidatos. O juiz titular da 1ª Vara Federal, Luís Praxedes Vieira da Silva, acatou, na noite desta segunda-feira (31), a ação civil pública movida pela Procuradoria da República no Ceará. Nela, o procurador Oscar Costa Filho pedia anulação de 13 questões disponibilizadas dias antes do Enem para alunos do Colégio Christus. O Ministério da Educação (MEC) informa que irá recorrer.
Na decisão liminar, Praxedes cita que o acesso de candidatos às questões feriu “o princípio constitucional da isonomia e da segurança jurídica”. “Neste caso, não é o erro, mas o vazamento das questões que leva à nulidade das mesmas, por quebrar o princípio da isonomia”, escreveu o juiz. A Justiça Federal anulou somente as questões apontadas pelo procurador Oscar Costa Filho como irregulares. Para o MEC, seriam 14 os itens do Enem com problemas.
A decisão foi divulgada nove horas depois de a presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, entregar pessoalmente à Justiça Federal a defesa do instituto organizador do Enem. O Inep queria que fossem anuladas apenas as provas de alunos que tiveram acesso a apostilas com questões iguais às do exame. O número, segundo Tuttman, poderia passar dos 639 apontados pelo Inep inicialmente. A defesa, segundo a pedagoga, baseou-se em “argumentos sempre pedagógicos, sempre técnicos”.
Com a anulação das 13 questões, muda a pontuação do Enem 2011. Por exemplo: ao invés de serem 180 itens valendo mil pontos, serão 167 valendo os mesmos mil pontos.
Para o procurador Oscar Costa Filho, a decisão representa vitória. “Significa que, graças a Deus, ainda tem justiça nesse país”, comemorou. Ele deve conceder entrevista coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (1º).

(O POVO)

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