Hoje se comemora o Dia Mundial do Meio-Ambiente.
Mas num dia de comemoração, acho que fica faltando falar do que há de bom, das inúmeras possibilidades e das mudanças que podem ser maravilhosas para o ser humano em geral.
A primeira coisa muito boa é a necessidade de humanizar o ser humano. Quando dizemos que precisamos humanizar um local de trabalho, a primeira coisa em que pensamos é colocar plantas e criar uma paisagem mais agradável. Isso porque a natureza sempre nos transmite uma sensação de que a vida pode ser mais simples e aconchegante. Nas cidades são a velocidade e a ansiedade que predominam. As luzes, os carros, o barulho, o dinheiro (e a imensa falta dele), a vida sempre on-line. Quando se entra em contato com a natureza (seja na serra, seja na praia, numa ilha ou num deserto), a primeira sensação que se tem é de desaceleração e calma. Portanto, valorizar os espaços naturais e cuidar deles é cuidar do que temos de mais humano. Escuto de todo mundo que sair para um fim-de-semana em contato com a natureza é algo que nos recarrega.
Os combustíveis fósseis aceleraram o mundo. Hoje podemos ir muito mais rápido a qualquer lugar. Quantas pessoas no passado, antes do carro e do avião, podiam ir inúmeras vezes, no período de uma vida, a países distantes? Podemos ficar acordados e ativos durante toda a noite graças à energia elétrica e às inovações tecnológicas. Mas fica a nítida sensação de que exageramos na dose. Corremos mais do que podemos, fazemos mais do que seria humano fazer, temos menos tempo para a contemplação, queremos muito mais do que precisamos.
Essa é a outra atitude necessária: reduzir. Reduzir a velocidade, reduzir o desejo compulsivo, reduzir o consumo. A publicidade vem nos ensinando a desejar o que não é necessário. E depois a desejar outra coisa para substituir a antiga num processo sem fim. Reduzir, pensar antes de comprar, trocar o consumo de bens pelo consumo de arte e conhecimento. Trocar a posse pela emoção verdadeira. Trocar a competição pela amizade. Fazer mais com menos é a receita para o planeta. Usar energia mais eficiente, mas usar menos energia também. Andar menos de carro e ter menos carros.
Tudo isso, que parece uma limitação a que nos deveremos nos acostumar nos próximos anos, na verdade é a nossa chance de voltarmos a uma humanidade que perdemos. Ao invés de um momento de crise, esse é o momento de criarmos o mundo com o qual sempre sonhamos. Com muito menos podemos criar um mundo muito mais solidário, mais tranqüilo, mais natural e, finalmente, mais humano.
Feliz Dia do Meio-Ambiente para todos nós!
A primeira coisa muito boa é a necessidade de humanizar o ser humano. Quando dizemos que precisamos humanizar um local de trabalho, a primeira coisa em que pensamos é colocar plantas e criar uma paisagem mais agradável. Isso porque a natureza sempre nos transmite uma sensação de que a vida pode ser mais simples e aconchegante. Nas cidades são a velocidade e a ansiedade que predominam. As luzes, os carros, o barulho, o dinheiro (e a imensa falta dele), a vida sempre on-line. Quando se entra em contato com a natureza (seja na serra, seja na praia, numa ilha ou num deserto), a primeira sensação que se tem é de desaceleração e calma. Portanto, valorizar os espaços naturais e cuidar deles é cuidar do que temos de mais humano. Escuto de todo mundo que sair para um fim-de-semana em contato com a natureza é algo que nos recarrega.
Os combustíveis fósseis aceleraram o mundo. Hoje podemos ir muito mais rápido a qualquer lugar. Quantas pessoas no passado, antes do carro e do avião, podiam ir inúmeras vezes, no período de uma vida, a países distantes? Podemos ficar acordados e ativos durante toda a noite graças à energia elétrica e às inovações tecnológicas. Mas fica a nítida sensação de que exageramos na dose. Corremos mais do que podemos, fazemos mais do que seria humano fazer, temos menos tempo para a contemplação, queremos muito mais do que precisamos.
Essa é a outra atitude necessária: reduzir. Reduzir a velocidade, reduzir o desejo compulsivo, reduzir o consumo. A publicidade vem nos ensinando a desejar o que não é necessário. E depois a desejar outra coisa para substituir a antiga num processo sem fim. Reduzir, pensar antes de comprar, trocar o consumo de bens pelo consumo de arte e conhecimento. Trocar a posse pela emoção verdadeira. Trocar a competição pela amizade. Fazer mais com menos é a receita para o planeta. Usar energia mais eficiente, mas usar menos energia também. Andar menos de carro e ter menos carros.
Tudo isso, que parece uma limitação a que nos deveremos nos acostumar nos próximos anos, na verdade é a nossa chance de voltarmos a uma humanidade que perdemos. Ao invés de um momento de crise, esse é o momento de criarmos o mundo com o qual sempre sonhamos. Com muito menos podemos criar um mundo muito mais solidário, mais tranqüilo, mais natural e, finalmente, mais humano.
Feliz Dia do Meio-Ambiente para todos nós!
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