Zelaya no interior da embaixada do Brasil

O presidente Manuel Zelaya, de Honduras, deposto por um golpe militar, conseguiu retornar clandestinamente ao seu país. Neste momento está na sede da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, a capital. É o que informam jornais hondurenhos e porta-vozes de Zelaya. A Agência France Press disse que obteve a mesma informação junto à embaixada do Brasil. O Departamento de Estado confirmou há pouco que Zelaya voltou a Honduras. Atualização das 16h18 - Xiomara Castro, mulher de Zelaya, afirmou há pouco: "O presidente entrou no país para iniciar o diálogo. Encontra-se na embaixada do Brasil e graças a Deus está muito bem. Está disposto a iniciar um diálogo de paz". Atualização das 16h27 - Zelaya deu entrevista coletiva à imprensa na sede da embaixada do Brasil convocando seus seguidores para irem ao seu encontro. Pediu à sua mulher para que se dirija aos hondurenhos para convencê-los de que ele está de volta ao país. Enquanto isso, o Chefe das Forças Armadas, general Romero Vásquez Velásquez, assegurou que não mandará suas tropas para as ruas. Até há pouco ele dizia desconhecer a presença de Zelaya em Tegucigalpa. Alegou que não foi não avisado a respeito pelo pessoal da Alfândega no aeroporto. Atualização das 16h41 - Zelaya anunciou que o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza, chegará amanhã a Tegucigalpa para apoiá-lo no seu intento de recuperar o poder. Zelaya agradeceu o apoio de Lula. Atualização das 16h55 - Começam a ser organizadas no interior do país marchas de hondurenhos sobre Tegucigalpa para dar apoio ao restabelecimento de Zelaya no poder. Algumas dessas marchas chegarão amanhã à capital. Atualização das 17h02 - Narração do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, a propósito do retorno de Zelaya a Honduras: "Na companhia de apenas quatro amigos, o companheiro Zelaya enfrentou chuva, sol inclemente, frio intenso, a pé, atravessando montanhas e planícies, e corajosamente ingressou no seu país". Atualização das 17h22 - O general Romero Vásquez Velásquez, chefe das Forças Armadas de Honduras, reafirmou, hoje, seu apoio ao governo de Roberto Micheletti, que sucedeu ao de Zelaya. Micheletti foi escolhido pelo Congresso para ocupar a vaga de Zelaya. Micheletti é deputado.