Vereadores continuam em pé de guerraPatu
- Novamente outro desentendimento entre os vereadores da situação e oposição no município de Patu. O período legislativo deveria ter iniciado na segunda quinzena de fevereiro, mas, devido ao impasse entre os legisladores, somente nesta quarta-feira,18, foi que aconteceu a primeira sessão, e assim mesmo com apenas quatro vereadores. Os demais se retiraram do plenário.O impasse na Câmara Municipal de Patu começou no dia 1.º de janeiro, quando da eleição da mesa diretora. Os vereadores da oposição relatam que foram vítimas de um golpe, arquitetado pelos vereadores da situação, para ficar no controle da Câmara e da Prefeitura, durante a campanha para eleição de prefeito (aconteceu no dia 1.º de março) determinada pela Justiça Eleitoral.Já, os vereadores da situação dizem que, na verdade, os seus colegas da oposição não prestaram atenção na normatização do processo para inscrever a chapa e terminaram perdendo prazo legal. O caso terminou na Justiça, com a juíza Gisela Besch, em 1.ª instância, dando ganho de causa para a oposição. O processo está no Tribunal de Justiça do Estado aguardando julgamento. Os vereadores Machado da Silva (PSB), Margarida Maria de Aquino (DEM), Maria Helena Gentil Batista (PPS) e Ana Cristina Lucélia Ribeiro Dantas (PT) são maioria. Eles denunciam que os colegas da situação, Alexandrino Suassuna Barreto Filho (PMDB), Francisco Figueiredo da Silva (DEM), Maria de Lourdes de Medeiros Costa (PC do B) e Manoel Lindomar de Almeida Filho (PPS) estariam escondendo o documento para a Justiça não anular, em definitivo, a sessão que elegeu a mesa diretora no dia 1.º de janeiro.A vereadora Lucélia Ribeiro disse que é tão evidente que os vereadores da situação estão escondendo a ata que sequer estão realizando as sessões na Câmara. Lembra que em fevereiro, quando deveria ter iniciado os trabalhos do Legislativo, a presidenta interina Maria de Lourdes alegou que havia caído um raio e danificado os aparelhos de som e vídeo da casa.Em seguida, quando o prefeito interino Alexandrino Suassuna Barreto Filho deveria fazer a leitura do Executivo, este alegou que estava viajando e que os equipamentos ainda estavam danificados. O "comunicado da suspensão dos trabalhos foi feito, nas duas ocasiões, em cima da hora para que a gente não procurasse a Justiça", reclama a vereadora.Quarta-feira desta semana, Lucélia Ribeiro e os quatro colegas da oposição disseram que Maria de Lourdes teria desrespeitado o Regimento Interno da Casa, no artigo 47, quando não fez a leitura da ata da sessão do 1.º de janeiro, conforme previsto. "Ela não fez porque sabe que, ao tornar público, automaticamente a sessão será destituída", diz a vereadora.Diante do quadro, os cinco vereadores se retiraram do plenário. Os quatro que ficaram deram continuidade aos trabalhos. O vereador Carlos Godeiro, a pedido do colega e prefeito interino Alexandrino Suassuna, fez a leitura anual do Executivo para dar como aberto os trabalhos legislativos do município neste ano. Lucélia Ribeiro diz que de novo a sessão não tem validade e que vai acionar a Justiça para ver o regimento interno da Casa cumprido.

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