Único sobrevivente em Lajes diz que não sabia nada de assalto ao banco
Único suspeito que sobreviveu à operação da Polícia Federal em conjunto com o Bope, na manhã de ontem, Daniel Pinto Medeiros, declarou em depoimento prestado à polícia que não tinha conhecimento que seu trabalho de motorista servia para acobertar um assalto. Segundo a própria PF, entretanto, a inteligência do órgão já sabia que o investigado fazia parte da quadrilha, agindo como promotor da fuga.Daniel declarou que foi contratado, no último 25 de julho, por um homem chamado de "Geléia" ou "Blindado" para levar uma pessoa conhecida por "Leo" de Cabedelo, cidade em que mora, até Angicos, pelo pagamento de R$ 500. A viagem se deu no domingo, 27, quando os dois se hospedaram numa pousada da cidade. Segundo Daniel, Leo recebeu uma visita durante a noite que dirigia uma picape S10 roxa, mesmo carro que seria utilizado no assalto à agência do Banco do Brasil em Lajes.O investigado declara que não sabe quem era a pessoa na Picape, mas que depois da visita, Leo pediu que Daniel permanecesse na cidade mais alguns dias porque ele precisava cobrar uma dívida, mas que não de tratava de nada ilegal. O acréscimo no pagamento seria de mais R$ 500.Dois inquéritos foram abertos para investigar o possível assalto. Um deles diz respeito à prisão em flagrante de Daniel Pinto Medeiros e outro vai apurar as circunstâncias da abordagem das Polícias Militar e Federal, uma vez que oito pessoas foram mortas, e a resistência à prisão dos suspeitos.

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