Inteligência da Polícia investiga uso de dinheiro irregular em campanhas do interior
Evitar a prática de ato ilícito e de irregularidade na campanha eleitoral. Esse foi o cunho do encontro que reuniu dirigentes das forças de segurança federais e estaduais no gabinete do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), desembargador Cláudio Santos, ontem. "Nós nos reunimos no sentido de, preventivamente, evitar ações ilícitas, como a remessa de dinheiro para candidatos fora das contas bancárias abertas para custeio de campanha, para o combate ao caixa dois", destacou o desembargador ao final da reunião. As autoridades discutiram ações para coibir o uso de "dinheiro frio" para a realização de compra de votos pelo interior. Equipes de inteligência das polícias estão investigando possíveis iniciativas desse tipo. "Quem apostar contra a Justiça Eleitoral vai se dar mal, pois as polícias estão investigando fatos que estariam acontecendo em algumas cidades do Rio Grande do Norte. Avisamos que haverá muito rigor na apuração de casos em que haja remessa de recursos para sustentar candidaturas", reiterou o presidente do TRE. Estiveram presentes o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e juízes das Zonas Eleitorais de Natal. Também esteve no encontro o corregedor regional eleitoral, desembargador Expedito Ferreira de Souza, que presidirá o pleito de 5 de outubro. Recomendação vai disciplinar o uso de automóveis Nos próximos dias, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) expedirá recomendação conjunta com o Ministério Público Eleitoral e a Corregedoria Regional Eleitoral, no sentido de disciplinar o uso de automóveis que estejam a serviço de candidaturas, partidos e coligações. "Esperamos que todos se comportem dentro da lei", alertou o presidente da Corte Eleitoral, desembargador Cláudio Santos, ao dizer que novas reuniões deverão acontecer entre as autoridades da Justiça Eleitoral e das forças de segurança pública. Fábio Venzon, procurador regional eleitoral, lembrou ao final da reunião que a prática da compra de votos ocorre nos dias mais próximos da eleição. "A reunião serviu para que possamos delimitar as equipes e as áreas em que elas atuarão; não podemos dizer onde estão ocorrendo as investigações", comentou o procurador. Para Fábio Venzon, o maior problema a ser enfrentado nas eleições é a compra de votos.

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