Rogério fala sobre crise do PSB
Deputado fez acusações de oferta de “vantagens”, mas não apontou culpados O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Natal Rogério Marinho (PSB) insinuou, em pronunciamento no plenário da Câmara dos Deputados ontem, que tentaram convencê-lo, através da oferta de vantagens - sem especificar exatamente qual e quem ofereceu - para aceitar o acordo firmado em torno da candidatura da deputada federal Fátima Bezerra (PT). Rogério afirmou que não compreendia a motivação da aliança sem um posicionamento ideológico e moral justificável. ‘‘Não me seduz o poder pelo poder nem as facilidades de uma rendição tendo prêmios por pactuar com acordos construídos em cima da consciência de nossos concidadãos’’, declarou.Sem fazer referências diretas a nomes ou partidos, Rogério disse que muitos políticos detentores de mandatos e donos de partidos falam em liberdade, democracia, respeito a teses divergentes, mas não colocam em prática, usando o discurso apenas como tese de conveniência. ‘‘Existem até presidentes de partidos que já perderam o pudor, considerando publicamente os partidos políticos franquias comerciais e cartórios burocráticos, a reboque de lideranças que praticam o caciquismo e a centralização unilateral de decisões, demonstrando desprezo ao povo e desrespeito às opiniões divergentes. São os adeptos do despotismo partidário, acólitos do estado novo, vassalos da ditadura e vivandeiras do poder’’, afirmou em clara alusão a palavras ditas pelo presidente municipal do PSB, prefeito Carlos Eduardo Alves. O deputado Rogério Marinho repetiu que aqueles que não concordam com as posições dos ‘‘caciques de nossa política provinciana’’ são considerados rebelde, sofrem perseguições e são estigmatizados. ‘‘Hoje mais do que nunca, deputado de primeiro mandato, compreendo que algumas lideranças detentoras do poder alcançado vendendo sonhos a uma população sofrida, garroteiam a democracia, sufocam pensamentos e tentam aprisionar consciências’’, afirmou. O parlamentar e pré-candidato argumentou a necessidade do respeito ao debate de idéias. ‘‘Defendo que partido político é associação de homens livres, unidos por ideais covergentes e argamassados em defesa do bem comum, alicerce de uma sociedade aberta e plural’’. E acrescentou: ‘‘Destes princípios não abro mão’’. Rogério disse ainda que a política brasileira está numa encruzilhada emtre um modelo ‘‘ultrapassado de partidos franqueados por caciquismo’’ ou ‘‘romper as peias do absolutismo’’.

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