Governo vai criar preço mínimo para o feijão
Para Stephanes, R$ 90 por saca cobririam os preços de produção.Hoje, por conta da alta dos alimentos, saca do produto vale R$ 150.
O governo vai estabelecer um valor mínimo para a saca de feijão como forma de evitar oscilações bruscas de preços no mercado interno. A informação foi dada nesta terça-feira (17) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir as medidas do Plano de Safra 2008/09, que deve ser anunciado pelo governo nos próximos dias. Segundo Stephanes, o preço mínimo deve ficar em R$ 90 por saca de 60 quilos, valor que cobre o custo de produção, que é de R$ 70/saca. Hoje, o produto é vendido a R$ 150/saca no mercado doméstico. O ministro disse que há um ano a saca era vendida a R$ 60, valor que chegou a cair a R$ 38, o que desestimulou o plantio. Contra a volatilidade Com a queda na produção a saca chegou a ser negociada a R$ 210 há 90 dias. Os preços recuaram para R$ 110 há 30 dias. "Precisamos ter uma política que evite essa volatilidade de preços", disse. Ele lembrou que o feijão tem um ciclo curto de produção (90 dias) e que medidas de apoio podem ter uma resposta rápida dos produtores. Stephanes também afirmou que, no caso do arroz, outro produto que é considerado vilão da inflação, o Plano de Safra terá recursos para estocagem. Ele, entretanto, não detalhou valores. Stephanes voltou a dizer que uma das novidades do Plano de Safra será a criação de uma linha específica para a recuperação de áreas degradadas ocupadas anteriormente por pastagens. A idéia é liberar R$ 1 bilhão para esta linha.

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