Ministra se diz ‘mãe cuidadosa’ do PAC
Em entrevista ao Programa do Jô, Dilma Rousseff disse que 'família' do PAC é grande. Ministra aprovou o uso de cartões corporativos por funcionários do governo.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (26) ser uma “mãe cuidadosa” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em entrevista ao Programa do Jô que vai ao ar nesta segunda na TV Globo, Dilma disse que o PAC “nasceu” e descreveu sua genealogia, afirmando que o programa teria uma “família muito grande” e que outros ministros seriam “tios”. Ela cobrou o empenho de toda a família na condução do programa. “O PAC tem sido objeto de um esforço conjunto”, afirmou, acrescentando que quando o programa “nasceu” o objetivo era fazer com que o Brasil crescesse e solucionasse gargalos – como os do setor de energia elétrica -, mas sobretudo problemas sociais “seríssimos” de infra-estrutura – como moradia. A ministra citou a parceria do programa com o estado de São Paulo que, segundo ela, resultou no repasse de R$ 8 bilhões em investimentos em moradia e saneamento. Munida de vários números, a ministra disse que, ao contrário de outros países, o crescimento do Brasil tem “qualidade” porque se baseia na distribuição de renda. Segundo ela, de 2003 até hoje, 20 milhões de brasileiros saíram das classes D e E e foram para a classe média. Além disso, ao mesmo tempo, cerca de 10 milhões teriam saído da miséria para a pobreza, “sem fome”. O grande responsável por isso, para Dilma, foi o Bolsa Família, que classificou como “um dos programas mais efetivos que o Brasil já fez”. “Não acredito que no mundo moderno alguém seja cidadão sem ser consumidor.” Justificando a capacidade que o país possui, segundo ela, para crescer ainda mais, a ministra mencionou a capacidade de produção de alimentos e de combustíveis, o petróleo em especial, que o Brasil possui. “Nós somos uma das grandes reservas do mundo em matéria de produção de alimentos.” Cartão corporativo Após várias denúncias e polêmicas envolvendo o assunto, Dilma afirmou que aprova o uso de cartões corporativos por parte de funcionários do governo federal. Segundo ela, antes da disseminação do uso do cartão, os presidentes precisavam, por exemplo, andar com malas de dinheiro para pagar as contas de viagens. “Acho que o cartão é um avanço”, disse, justificando que, com ele, há um registro direto na conta, o que facilita o controle do quanto é gasto e em que é gasto por cada funcionário. Saída de Marina Silva Questionada sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, Dilma disse que a ex-ministra deixou o cargo porque “considerou que o trabalho dela já havia sido concluído”. Para Dilma, Marina “deu uma grande contribuição” ao país ao se introduzir, por exemplo, o hábito de se fazer solicitação de liberação ambiental antes de licitação para qualquer empreendimento, o que não havia “antes dela”. Dilma afirmou ainda que não acredita que Marina deva sair do PT mesmo com a saída do ministério, e que - caso isso acontecesse - seria uma “grande perda” para o partido.

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