Isabella: peritos usam boneca de US$ 2,5 mil na reconstituição

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A reconstituição da morte de Isabella Nardoni, prevista para ter início às 9h deste domingo, começou com quase uma hora de atraso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a versão do pai da menina, Alexandre Nardoni, e de sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, não será simulada, como anteriormente previsto, porque o casal se negou a participar da reconstituição. A menina foi jogada da janela do 6º andar do edifício London, na zona norte de São Paulo, em 29 de março. O objetivo dos peritos do Núcleo de Crime Contra a Pessoa do Instituto de Criminalística (IC), que conduzem a reconstituição, é confrontar as informações dos depoimentos com as provas testemunhais e físicas do crime. Reprodução Perito simula com boneca morte de Isabella Os investigadores iam contrapor as versões da polícia e do casal para avaliar tecnicamente o que, na prática, é plausível ter acontecido na noite do crime. Com a ausência do casal, no entanto, apenas a versão da polícia é considerada. De acordo informações do Instituto de Criminalística, porém, os peritos refizeram esta manhã o trajeto que o pai de Isabella relata ter feito na noite do crime para cronometrar o tempo e descobrir se todo o percurso poderia ter sido cumprido no tempo alegado por Nardoni. Nada foi fotografado, tudo foi feito apenas para checagem de tempo e apenas esta ação considerou o depoimento do pai e da madrasta de Isabella. Segundo a polícia, são usados dublês com o mesmo porte físico de Alexandre e Anna Carolina para a encenação. Compõem a equipe do IC desenhista, fotógrafo, peritos e um médico legista. Eles usam programas de computador, câmera fotográfica, filmadora, trena, decibelímetro (para medir ruídos), cronômetro e um manequim articulado. Foram convocados para o procedimento, último passo da polícia antes do encerramento do inquérito, os dois indiciados pelo homicídio, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, e cinco testemunhas, moradores do London. O casal, porém, informou na sexta-feira à noite que não ia participar. Pela lei, eles não são obrigados a comparecer já que ninguém precisa criar provas contra si mesmo. Estão presentes no local os delegados responsáveis pela investigação do crime, Calixto Calil Filho e Renata Helena Pontes, do 9º Distrito Policial, e o promotor de Justiça que acompanha o caso, Francisco Cembranelli. A Polícia Científica não divulgou o horário de término dos trabalhos, mas a previsão é de que a reconstituição dure pelo menos 5 horas. As simulações são feitas no interior do prédio e do apartamento de onde Isabella foi jogada e na parte externa do prédio. Desde sexta-feira, policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) fazem a segurança do entorno do residencial London. Hoje, o contingente de policiais militares e civis no local é de 120 homens, alguns alocados em cima de prédios vizinhos. O objetivo é evitar tumultos como os que aconteceram na 9ª DP, quando depuseram integrantes da família Nardoni. Mesmo com o fechamento da rua cerca de 200 curiosos acompanham no final da via a movimentação dos peritos e da imprenas no local.

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