Istoé traz matéria sobre escândalo envolvendo família Rosado
A revista Istoé desta semana trouxe uma reportagem envolvendo a deputada federal do Rio Grande do Norte, Sandra Rosado. Assinada pelo jornalista Rudolfo Lago, a matéria diz que ONGs ligadas à deputada potiguar e ao seu marido, o ex-deputado Laíre Rosado, receberam R$ 12 milhões em sete anos e traça uma relação de parentesco entre a família Rosado e as duas ONGs. Segundo a reportagem, as ONGs em questão são a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim) e a Fundação Vingt Rosado. "Ambas as fundações receberam emendas ao Orçamento apresentadas tanto por Sandra como por Laíre. E ambas estão sendo investigadas pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União por irregularidades na prestação de contas e envolvimento com o esquema dos sanguessugas", diz um trecho da matéria.Em outro trecho, a Istoé traça um paralelo entre parantesco e diz que a história das ONGs chegam a lembrar um poema. "A deputada Sandra Rosado (PSB-RN) é casada com o ex-deputado Laíre Rosado Filho. São pais de Larissa Rosado. Que foi casada com Francisco de Andrade Silva Filho. Que é presidente da Fundação Vingt Rosado. Que também preside a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim). As duas instituições foram criadas por Laíre Rosado. A história da Fundação Vingt Rosado e da Apamim, pela relação de parentesco entre os envolvidos, lembra o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade (“João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria...”), resume a revista. Ainda de acordo com a Istoé, a Fundação Vingt Rosado e a Apamim fazem parte de um rol de instituições cujos indícios de irregularidades já foram detectados pela CPI e serão investigados. "O ex-deputado Vingt Rosado integrou uma família de políticos do Rio Grande do Norte que tinha como característica curiosa o fato de seus nomes serem todos algarismos em francês. Morto, virou nome da fundação criada por Laíre Rosado Filho, ex-deputado, hoje secretário de Agricultura do governo do Rio Grande do Norte. Há ainda uma assessora de Sandra Rosado que também é ligada às ONGs: Maria José Bezerra da Costa. De 2000 a 2007, as duas ONGs receberam R$ 12,08 milhões do Ministério da Saúde", afirma o jornalista Rudolfo Lago na matéria.Além das relações pessoais e de parentesco, outro dado comum levantado pela revista semanal com grande circulação nacional entre os envolvidos é que eles são alvo de investigação do Ministério Público ou do Tribunal de Contas. "Há até uma determinação de bloqueio de bens de Laíre, Francisco e outros envolvidos. As ONGs envolveram-se no escândalo dos sanguessugas. O bloqueio de bens foi determinado pelo juiz Tercius Gondim Maia, da 8ª Vara Federal em Mossoró. A decisão tem como base a Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa movida pelos procuradores Fernando Braga Damasceno e Marina Romero de Vasconcelos. De acordo com os procuradores, verbas destinadas às duas ONGs foram desviadas pelo esquema comandado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, tido como o chefe da máfia dos sanguessugas. Licitações para a compra de medicamentos eram dirigidas para que o vencedor fosse uma empresa de Mato Grosso chamada Frontal Ltda. Segundo os procuradores, ou os medicamentos não eram enviados ou a compra era superfaturada", cita.Em outro trecho, a revista diz que procurada, a deputada Sandra Rosado confirmou, por meio de sua assessoria, que ela e seu marido de fato destinaram emendas às duas instituições. Mas rejeitou as denúncias de desvios. “Eu não falo sobre eventuais problemas, que têm de ser respondidos pelas direções, embora eu tenha total confiança na honestidade das duas instituições”, disse a deputada. “É legal destinar recursos de emendas, e eu destinei para organizações que sei que prestam serviços relevantes à minha cidade. Espero que a investigação esclareça as coisas, porque não tenho nada a temer.”Com informações da www.istoe.com.br

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